sexta-feira, 26 de novembro de 2010

JSD Ílhavo no Congresso Nacional

A sucessão de Pedro Rodrigues, presidente da JSD, decide-se em Coimbra, no próximo fim de semana. Há dois candidatos:
Duarte Marques, 29 anos, ex-assessor em Bruxelas, vicepresidente da JSD e da Juventude Popular Europeia e presidente da JSD de Mação; e Carlos Reis, 26 anos, jurista, líder da distrital de Braga, filho do ex-presidente da Câmara de Barcelos, Fernando Reis.


Os jovens em confronto têm projetos distintos para a JSD.
Duarte Marques, apoiante de Paulo Rangel nas últimas diretas, quer "resgatar o futuro da atual geração, que está muito condicionado pelas decisões que os políticos têm tomado", diz à VISÃO. Para isso, apresenta cinco prioridades: combate de urgência ao desemprego jovem, nomeadamente através da
flexibilização das leis laborais; melhoria do sistema de educação, mais ajustado à realidade e virado para a aquisição de competências; implementação de hábitos de vida saudável numa geração que, dentro de dez anos, terá como principal causa de morte as doenças cardiovasculares; antecipação do direito de voto para os 16 anos, dentro de cinco anos; e
aposta na formação política (ele já impulsiona o programa Sub-18, que tem ido explicar o que é a política a várias escolas do País).

Carlos Reis apoiou Passos Coelho nas eleições internas e defende, acima de tudo, a "refundação do papel da JSD". As cinco prioridades deste candidato têm a ver com o que elediz serem "questões de autonomia e independência da juventude: educação, emprego, habitação, saúde e comportamentos de risco". Reis, que quer "tornar os recibos verdes menos precários" e propõe "manuais escolares gratuitos no ensino básico", defende um novo
"programa político para a juventude portuguesa", cuja versão "laranja" foi escrita nos anos 80, quando Pedro Pinto era líder da Jota (nunca foi revista). "Precisamos de uma mudança que não tem de ser ideológica, basta que seja programática."
O jovem bracarense defende ainda a refundação da Jota, tornando-a tão credível e respeitada como nos tempos de Pedro Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva ou Pedro Duarte, os líderes mais carismáticos que a JSD já teve. "Se não voltarmos a ter um caderno de encargos no País e no partido, é o nosso fim", vaticina Carlos Reis.
Duarte Marques, por seu turno, entende que esse caminho foi feito pela atual direção e que a JSD deve trabalhar no sentido da valorização da formação política dos jovens, como tem sido feito, fortalecendo o seu papel nas escolas.

A JSD de Ílhavo vai estar presente no congresso com dois delegados ( Daniel Tavares e Guilherme Carlos) e dois observadores ( Carla Rodrigues e Paulo Marabuto).






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